segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Prática para Aniquilação do Eu



Todas as noites antes de adormecer:


1.  Fazer um relaxamento absoluto.
2.  Chegar ao estado de meditação.
3.  Em seguida fazer uma retrospectiva do dia que passou em busca de um evento no qual se tenha verificado a manifestação de um defeito psicológico.
4.  Reviver a cena tal como ela sucedeu.
5.  Procurar dentro de si próprio o “eu” que ocasionou o problema.
6.  Com  observação  serena,  colocar  o  “eu”  no  banco  dos  réus,  estudando  suas manifestações, reações, pensamentos, emoções, procedendo ao seu julgamento.
7.  Por fim, pedir a desintegração do “eu-problema” à Divina Mãe Kundalini.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

TÉCNICA PARA A DISSOLUÇÃO DO EU

O  Eu  exerce  controle  sobre  os  cinco  centros  inferiores  da  máquina  humana.  Esses cinco centros são: Intelecto, Movimento, Emoção, Instinto e Sexo. Os dois centros do ser humano,  que  correspondem  à  Consciência  Cristo,  se  conhecem  em  ocultismo  como Mente  Cristo  e  Astral  Cristo.  Estes  dois  centros  superiores  não  podem  ser  controlados pelo Eu. Desgraçadamente, a Mente Superior, e a Emoção Superior não dispõem destes preciosos veículos crísticos. Quando a Mente Superior se reveste com o Mental Cristo e a  Emoção  Superior,  com  o  Astral  Cristo,  nos  elevamos  de  fato  ao  estado verdadeiramente humano.

Todo aquele que quiser dissolver o Eu, deve estudar suas funções nos cinco centros inferiores.  Não  devemos  condenar  os  defeitos,  nem  justificá-los.  O  importante  é compreendê-los. É urgente compreender as ações e reações da máquina humana. Cada um  destes  cinco  centros  inferiores  tem  todo  um  jogo complicadíssimo  de  ações  e reações. O Eu trabalha com cada um destes cinco centros inferiores e, compreendendo a  fundo  todo  o  mecanismo  de  cada  um  destes  centros,  estaremos  a  caminho  de dissolver o Eu.

Na  vida  prática  duas  pessoas  reagem,  diante  de  uma  representação,  de  forma diferente. Aquilo que é agradável para uma pessoa, pode ser desagradável para outra. A diferença  está,  muitas  vezes,  em  que  uma  pessoa  pode  julgar  e  ver  com  a  mente  e  a outra pode ser tocada em seus sentimentos. Devemos aprender a diferenciar a mente do sentimento. Uma coisa é a mente e outra, o sentimento. Na mente existe todo um jogo de  ações  e de  reações  que  deve  ser  compreendido.  No  sentimento  existem  afetos  que devem  ser  crucificados,  emoções  que  devem  ser  cuidadosamente  estudadas  e,  em geral, todo um mecanismo de ações e de reações que facilmente se confundem com as atividades da mente.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

OS SETE CENTROS FUNDAMENTAIS DO HOMEM

Todo ser humano tem sete centros básicos fundamentais
  1.  O intelectual, situado no cérebro.
  2.  O centro motor ou do movimento, radicado na parte superior da espinha dorsal.
  3.  O  emocional,  que  se  acha  no  plexo  solar  e  nos  centros  específicos  nervosos  do grande simpático.
  4.  O instintivo, situado na parte inferior da espinha dorsal.
  5.  O sexual, radicado nos órgãos genitais.
  6.  O emocional superior.
  7. O mental superior.

Estes  dois  últimos  só  podem  se  expressar  através  do  autêntico  Corpo  Astral  e  do legítimo Corpo Mental.


CENTRO INTELECTUAL

Tal  centro  é  útil  dentro  de  sua  órbita.  O  grave  é  querer  tirá-lo  de  seu  campo  de gravitação. As grandes realidades do Espírito somente podem ser experimentadas com a Consciência.  Aqueles  que  pretendem  investigar  as  verdades  transcendentais  do  Ser  à base de puro raciocínio, caem no mesmo erro de alguém que, ignorando o uso e manejo dos  instrumentos  modernos  da  ciência,  tenta  estudar  a  vida  do  infinitamente  pequeno com telescópios, e a vida do infinitamente grande, com microscópios.


MOVIMENTO


Necessitamos  nos  autodescobrir  e  compreender  a  fundo  todos  nossos  hábitos.  Não devemos permitir que nossa vida siga se desenvolvendo mecanicamente. Parece incrível que,  vivendo dentro  dos  moldes  dos  hábitos,  não  conheçamos  estes  moldes que condicionam  nossa  vida.  Necessitamos  estudar  nossos hábitos,  necessitarmos compreendê-los.  Eles  pertencem  às atividades  do  centro  do  movimento.  É  necessário nos auto-observar na maneira de viver, atuar, vestir, andar, etc. O centro do movimento tem muitas atividades. Os esportes também pertencem ao centro do movimento. Quando a mente interfere neste centro, o obstruí e danifica, porque ela é muito lenta e o centro do movimento é  muito  rápido.  Todo  mecanógrafo  trabalha  com  o  centro  do movimento,  e, como é natural, pode se equivocar no teclado se a mente chegar a interferir. Um homem, manejando um automóvel, poderia sofrer um acidente, se a mente chegasse a interferir.


CENTRO EMOCIONAL


O  ser  humano  gasta  suas  energias  sexuais  torpemente  com  o abuso  das  emoções violentas:  cinema,  televisão,  partidas  de futebol,  etc.  Devemos  aprender  a  dominar nossas emoções, é necessário pouparmos nossas energias sexuais.


INSTINTO


Existem  vários  instintos:  o  instinto  de  conservação,  o  instinto sexual,  etc.  Existem, também,  muitas  perversões  do  instinto.  No fundo  de  todo  ser  humano,  existem  forças sub-humanas instintivas, brutais, que paralisam o verdadeiro espírito de amor e caridade. Estas  forças  demoníacas  devem,  primeiro,  ser compreendidas  e,  logo,  submetidas  e eliminadas.  São  forças  bestiais:  instintos  criminais,  luxúria,  covardia,  medo,  sadismo sexual, bestialidades sexuais, etc. Necessitamos estudar e compreender profundamente essas forças sub-humanas, antes de  poder dissolvê-las e elimina-Ias.

SEXO

O  sexo  é  o  quinto  poder  do  ser  humano.  Ele  pode  liberar  ou escravizar  o  homem.Ninguém  pode  chegar  a  ser  íntegro,   ninguém  pode  se  realizar  a  fundo  sem  a  força sexual. Nenhum celibatário pode chegar à realização total. O sexo é o poder da Alma. O Ser  humano  íntegro  se  logra  com  a  fusão  absoluta  dos  pólos  masculino  e  feminino  da Alma. A força sexual se desenvolve, evolui e progride em sete níveis (os sete níveis da Alma). No mundo físico, o sexo é uma força cega de atração mútua. No Astral, a atração sexual se fundamenta na afinidade dos tipos, segundo suas polaridades e essências. No mental, a atração sexual se realiza segundo as leis da polaridade e da afinidade mental. No plano causal, se realiza sobre a base da vontade consciente. É,  precisamente neste plano das causas naturais, onde se realiza conscientemente a plena unificação da Alma. Realmente  ninguém  pode  chegar  à  glória  plena  do  Matrimônio  Perfeito,  sem  ter alcançado este quarto estado de integração humana.

MORTE ABSOLUTA 


Compreendendo as atividades íntimas dos cinco centros inferiores, descobrimos todo o processo do Eu. O resultado desse auto-descobrimento é a morte de Satã (o tenebroso Eu lunar).

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O EU PLURALIZADO E A MÁQUINA HUMANA

Esta questão do mim mesmo, o que eu sou, isso que pensa, sente e atua é algo que devemos auto-explorar para conhecermos profundamente.

Existem  por  toda  parte  belas  teorias  que  atraem  e  fascinam,  não  obstante,  de  nada serviria tudo isso se não conhecêssemos a nós mesmos.

É  fascinante  estudar  astronomia  ou  distrair-se  um  pouco  lendo  obras  sérias, entretanto, resulta irônico converter-se em um erudito e não saber nada sobre si mesmo, sobre o eu sou, sobre a personalidade humana que possuímos.

Cada  qual  é  muito  livre  para  pensar  o  que  queira  e  a  razão  subjetiva  do  "Animal Intelectual", equivocadamente chamado homem, dá para tudo, tanto pode fazer de uma pulga um cavalo, como de um cavalo uma pulga. São muitos os intelectuais que vivem
jogando com o racionalismo, e depois de tudo o que sucede?

Ser erudito não significa ser sábio. Os ignorantes ilustrados abundam como a erva má e não somente não sabem como também nem sequer sabem que não sabem.

Entenda-se  por  ignorantes  ilustrados  os  sabichões  que  crêem  que  sabem  e  nem sequer conhecem a si mesmos.

Poderíamos  teorizar  brilhantemente  sobre  o  eu  da  Psicologia,  porém  não  é  isso precisamente o que nos interessa.

Necessitamos conhecer a nós mesmos por via direta, sem o processo deprimente da opção.  De  modo  algum  seria  isto  possível  sem  nos  auto-observarmos  em  ação,  de instante a instante, de momento a momento. Não se trata de nos ver através de alguma teoria ou de uma simples especulação intelectiva. Vermo-nos diretamente tal qual somos é  o  interessante,  e  somente  assim  poderemos  chegar  ao  conhecimento  verdadeiro  de nós mesmos.

Ainda que pareça incrível estamos equivocados com respeito a nós mesmos. Muitas coisas que cremos não ter, temos e muitas que cremos ter, não temos.

Temos  formado  falsos  conceitos  sobre  nós  mesmos  e  devemos  fazer  um  inventário para sabermos o que nos sobra e o que nos falta.

Suponhamos  que  temos  tais  ou  quais  qualidades  que,  em  realidade,  não  temos  e muitas virtudes que possuímos, certamente, as ignoramos.

Somos  pessoas  adormecidas,  inconscientes  e  isso  é  grave.  Desafortunadamente, pensamos  de  nós  mesmos  o  melhor  e  nem  sequer  suspeitamos  que  estamos adormecidos.

As sagradas escrituras insistem na necessidade de despertar, porém não explicam o sistema para se lograr esse despertar.

O pior do caso é que são muitos os que têm lido as sagradas escrituras e nem sequer entendem que estão adormecidos.

Todo mundo crê que conhece a si mesmo e nem remotamente suspeita que existe a Doutrina dos Muitos.

Realmente o eu psicológico de cada qual é múltiplo e sobrevém sempre como muitos.

Com isto queremos dizer que temos muitos “eus” e não um só como sempre supõem, os ignorantes ilustrados.

Negar a Doutrina dos Muitos é fazer de tolo a si mesmo, pois de fato seria o cúmulo dos cúmulos ignorar as contradições íntimas que cada um de nós possui.

Vou  ler  um  jornal,  diz  o  eu  do  intelecto;  ao  diabo  com  tal  leitura,  exclama  o  eu  do movimento;  prefiro  ir  dar  um  passeio  de  bicicleta.  Passeio  que  nada,  pão  quente,  grita um terceiro em discórdia, prefiro comer tenho fome.

Se  pudéssemos  nos  ver  em  um  espelho  de  corpo  inteiro,  tal  qual  somos, descobriríamos por nós mesmos, de forma direta, a Doutrina dos Muitos.

A personalidade humana é tão somente uma marionete controlada por fios invisíveis.

O eu que hoje jura amor eterno pela Gnose é mais tarde substituído por outro eu que nada tem a ver com o juramento, e, então, o sujeito se retira.

O eu que hoje jura amor eterno a uma mulher é mais tarde substituído por outro que nada tem a ver com esse juramento, então, o sujeito se enamora de outra e o castelo de cartas se vai ao chão.

O  "Animal  Intelectual",  equivocadamente  chamado  homem,  é  como  uma  casa  cheia de muita gente.

Não  existe  ordem  nem  concordância  alguma  entre  os  múltiplos  “eus”,  todos  lutam entre si e disputam a supremacia. Quando algum deles consegue o controle dos centros capitais da máquina orgânica, se sente o único, o amo, entretanto, no final é derrotado.

Considerando as coisas deste ponto de vista, chegamos à conclusão lógica de que o "Mamífero Intelectual" não tem verdadeiro sentido de responsabilidade moral.

Inquestionavelmente, o que a máquina diga ou faça, em um dado momento, depende exclusivamente do tipo de eu que a controle nesses instantes.

Dizem  que  Jesus  de  Nazaré  tirou  sete  demônios  do  corpo  de  Maria  Madalena,  sete “eus”, viva personificação dos sete pecados capitais.

Obviamente  cada  um  destes  sete  demônios  é  uma  cabeça  de  legião,  portanto, devemos  assentar  como  corolário  que  o  Cristo  Íntimo  pôde  expulsar  do  corpo  de Madalena milhares de “eus”.

Refletindo  sobre  todas  essas  coisas,  podemos  inferir  claramente  que  a  única  coisa digna que possuímos em nosso interior é a Essência, e desafortunadamente a mesma se encontra engarrafada entre todos esses múltiplos “eus” da Psicologia Revolucionária.

É  lamentável  que  a  Essência  se  processe  sempre  em  virtude  de  seu  próprio condicionamento.

Inquestionavelmente,  a  Essência  ou  a  Consciência,  que  é  o  mesmo,  dorme profundamente.



Fonte: V. M. Samael Aun Weor: A Grande Rebelião.