quarta-feira, 9 de maio de 2012

A Lei do Karma



"É necessário que as pessoas entendam o que é a palavra sânscrita “Karma”. 

Amigos meus, existe uma Lei que se chama  Karma. Não está demais asseverar que tal palavra significa   em   si   mesma,   lei   de   ação   e   conseqüência.   Não   existe   causa   sem efeito, nem efeito sem causa. 

A   Lei   da   Balança,   a   Lei   terrível   do  Karma,   governa   toda   a   criação.  Toda   causa   se converte em efeito e todo efeito se transforma em causa.

Vós deveis compreender o que é a lei de compensação. Tudo o que se faz, tem que se pagar, pois não existe causa sem efeito, nem efeito sem causa. 

Foi-nos dado liberdade, livre arbítrio e podemos fazer o que queiramos, porém é claro que   temos   que   responder   diante   de   Deus   por   todos   os   nossos   atos.   Qualquer   ato   de nossa     vida,  bom    ou  mau,    tem   suas   conseqüências.      A   lei  de  ação   e  conseqüência governa o curso de nossas variadas existências e cada vida é o resultado da anterior. 

Compreender   as   bases   e   “Modus   Operandi”   da   lei   do  Karma  é   indispensável   para orientar   o   navio   de   nossa   vida   em   forma   positiva   e   edificante,   através   das   diversas escalas da vida. 

Karma é lei de compensação, não de vingança. Há quem confunda esta lei cósmica com o determinismo e ainda com o fatalismo, ao crer que tudo que ocorre ao homem na vida está determinado inexoravelmente de antemão. É verdade que os atos do homem determinam a herança, a educação e o meio. Porém também é verdade que o homem tem livre arbítrio e pode modificar seu atos, educar seu caráter, formar hábitos superiores, combater debilidades, fortalecer virtudes, etc. 

O    Karma      é   um    remédio     que    nos   é   aplicado     para   o   nosso     próprio   bem. Desgraçadamente   as   pessoas   em   vez   de   se   inclinar   reverentes   ante   o   eterno   Deus vivente, protestam, blasfemam, se justificam a si mesmas, se desculpam estupidamente e lavam as mãos como Pilatos. Com tais protestos não se modifica o Karma, ao contrário se torna mais duro e severo. 

Quando alguém vem a este mundo, traz consigo seu próprio destino; uns nascem em colchão   de   plumas   e   outros   na   desgraça.   Se   em   nossa   passada   existência   matamos, agora nos matam, se ferimos, agora nos fere, se roubamos, agora nos roubam, e “com a vara a outros medimos seremos medidos”. 

Reclamamos   fidelidade   do   conjugue   quando   nós   mesmos   fomos   adúlteros   nesta   ou em     outras   vidas   precedentes.      Pedimos     amor    quando     fomos    impiedosos     e   cruéis. 

Solicitamos   compreensão   quando   nunca   soubemos   compreender  a   ninguém,   quando jamais aprendemos a ver o ponto de vista alheio. 

Anelamos       ditas   imensas     quando     fomos    sempre     a  origem     de   muitas   desditas.

Quiséramos nascer em um lar muito formosos e com muitas comodidades, quando não soubemos em passadas existências, brindar a nossos filhos lar e beleza. 

Protestamos   contra   os   insultadores   quando   sempre   insultamos   a   todos   os   que   nos rodeiam.      Queremos  que  nossos  filhos   nos   obedeçam,   quando  jamais   soubemos obedecer a nossos pais. Molesta-nos terrivelmente a calúnia quando nós sempre fomos caluniadores e enchemos o mundo de dor. Incomoda-nos a maledicência, não queremos que ninguém fale mal a nosso respeito; sem embargo, sempre falamos mal do próximo, mortificando-lhe a vida. Quer dizer, sempre queremos o que nunca demos; em todas as nossas vidas anteriores fomos malvados e merecemos o pior, porém nós supomos que merecemos o melhor. 

Afortunadamente meus caros amigos, a Justiça e a Misericórdia são as duas colunas fundamentais da Fraternidade Universal Branca. 

 A    justiça   sem     misericórdia    é   tirania;  misericórdia     sem     justiça  é   tolerância, complacência com o delito. O  Karma é negociável, e isto é algo que pode surpreender muitíssimo aos seguidores de diversas escolas ortodoxas. 

Certamente  alguns   pseudo-esoteristas  e   pseudo-ocultistas  se  tornaram demasiado pessimistas em relação com a lei de ação e conseqüência; supõe equivocadamente que esta se desenvolve em forma mecânica, automática e cruel. Os eruditos crêem que não e possível alterar tal lei; lamento muito sinceramente ter que discordar com essa forma de pensar. 

Se a lei de ação e conseqüência, se o némesis da existência não fosse negociável, então onde estaria a misericórdia divina. Francamente eu não posso aceitar crueldade na divindade. O Real, Aquilo que é todo perfeição, Isso que tem diversos nomes como Tão, Aum,   Inri,   Sein,   Ala,   Brahma,   Deus   ou   melhor   diríamos   Deuses,   etc.,   de   modo   algum poderia   ser   algo   sem   misericórdia,   cruel,   tirânico,   etc.  Por   tudo   isso   repito,   de   forma enfática, que o Karma é negociável. 

É  possível   modificar    nosso    próprio   destino,   porque   “quando    uma    lei  inferior  é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior”. 

Modificando a causa se modifica o efeito. “O leão da lei se combate com a balança”. Se em um prato da balança colocamos nossas boas obras e em outro colocamos as más, ambos os pratos pesarão iguais ou haverá algum desequilíbrio. Se o prato que trás as más ações pesa mais, devemos por boas obras no prato das boas ações com o propósito de inclinar a balança nosso favor; assim cancelamos Karma. Faze boas ações para que pagueis vossas dívidas; recordemos que não somente se paga com dor mas também se pode pagar fazendo o bem. 

Agora compreenderão vocês, meus bons amigos, o maravilhoso que é fazer o bem; não  há  dúvida de   que   o reto pensar, o reto sentir e o reto obrar são o melhor dos negócios. 

Nunca devemos protestar contra o Karma, o importante é saber negociar. Infelizmente às pessoas o único que lhes ocorre quando se acham em uma grande amargura é lavar as mão como Pilatos, dizer que não fizeram nada de mal, que não são culpadas, que são almas justas, etc. 

Eu   digo   aos   que   estão  na  miséria   ue   revejam   suas   condutas,   que  julguem   a   si mesmos, que se sentem, ainda que seja por um instante, no bando dos acusados, que depois   de   uma   sumária   análise   de   si   mesmos   modifiquem   suas   condutas.   Se   aqueles que se encontram sem trabalho, se tornassem casto, infinitamente caridosos, aprazíveis, serviçais    em   cem    por  cento,   é  óbvio  que   alterariam   radicalmente a  causa  de  sua desgraça, modificando, em conseqüência, o efeito. 

No é possível alterar um efeito se antes não se modifica radicalmente a causa que o produz, pois como já dissemos, não existe efeito sem causa nem causa sem efeito. 

Deve-se trabalhar sempre de forma desinteressada com infinito amor pela humanidade, assim alteramos aquelas más causas que originaram os maus efeitos. 

Não há dúvida de que a miséria tem suas causas na embriagues, na asquerosa luxúria, na violência, no adultério, na prodigalidade, na avareza, etc. 

Queres   sanar?   Sana   a   outros.   Algum   parente   teu   está   no  cárcere?   Trabalha   pela liberdade de outros. Tens fome? Compartilha o pão com aqueles que estão piores que tu, etc. 

Muitas pessoas que sofrem, só se lembram de suas amarguras, desejando remediá- las, mas não se lembram do sofrimento alheio, nem remotamente pensa em remediar as necessidades do próximo. Este estado egoísta de sua existência não serve para nada; assim, o único que consegue realmente é agravar seus sofrimentos. 

Se tais pessoas pensassem nos demais, em servir a seus semelhantes, em dar de  comer ao faminto, em dar de beber ao sedento, em vestir o desnudo, em ensinar ao que  não sabe, etc., é claro que poriam boas ações no prato da balança cósmica para inclinar  a   seu   favor;   assim   alterariam   seu   destino   e   veriam   a   sorte   a   seu   favor.   Quer   dizer,  ficariam remediadas todas as suas necessidades, mas as pessoas são muito egoístas e  por isso é que sofrem, ninguém se recorda de Deus nem de seus semelhantes, senão  quando estão no desespero e isto é algo que todos podem comprovar por si mesmos,  assim é a humanidade. 

Desgraçadamente,   meus   queridos   amigos,   esse   ego   que   cada   um  leva   dentro   faz  exatamente o contrário do que aqui estamos dizendo. Por tal motivo considero urgente,  inadiável, impostergável, reduzir o mim mesmo a poeira cósmica. 

Pensemos   por   um   momento   nas   multidões   de   humanóides   que  povoam   a   face   da Terra. Sofrem o indizível, vítimas de seus próprios erros; sem o ego não teriam esses  erros, nem tampouco sofreriam as conseqüências dos mesmos. 

O único que se requer para ter direito a verdadeira felicidade é, antes de tudo, não ter  ego. Certamente quando não existe dentro de nós os agregados psíquicos, os elementos  inumanos   que   nos   torna   tão   horríveis   e   malvados,   não   existe  Karma  para   pagar   e   o  resultado é a felicidade. 

É bom saber também que quando eliminamos radicalmente o ego, a possibilidade de errar fica aniquilada e em conseqüência o Karma pode ser perdoado. 

A   Lei   do  Karma,   a   Lei   da   Balança   Cósmica  não   é   uma   lei   cega.  Também se  pode solicitar crédito aos Mestres do  Karma e isto é algo que muitos ignoram. Entretanto, é  urgente   saber   que   todo   crédito   tem  que   ser  pago  com   boas  obras  e  e  não  se   paga,  então a Lei cobra com suprema dor. 

Necessitamos   fazer-nos   conscientes   de   nosso   próprio  Karma  e   isso   só   é   possível  mediante o estado de alerta novidade. Todo efeito da vida, todo acontecimento, tem sua  causa em uma vida anterior, porém necessitamos fazer-nos conscientes disso. 

Todo   momento   de   alegria   ou   de   dor   deve   ser   estudado   em   meditação   com   mente quieta   e   em   profundo   silêncio.   O   resultado   vem   a   ser   a  experimentação   do   mesmo  acontecimento   em   uma   vida   anterior.   Então  fazemos   consciência  da   cauda   do fato,   já  seja este agradável o desagradável. 

Quem desperta consciência, pode viajar em seus corpos internos, fora do corpo físico, em   plena   vontade   consciente   e   estudar   no   templo   de   Anúbis   e   seus   quarenta   e   dois juízes, seu próprio livro do destino. 

O chefe dos sacerdotes do tribunal do Karma é o Grande Mestre Anúbis. O templo de Anúbis, o Supremo Regente do  Karma, se encontra no mundo molecular, chamado por muitas pessoas de mundo astral. Nesse tribunal só reina o terror de amor e justiça. Nele existe    um   livro  com    suas   dívidas    e  créditos   para   cada    homem,      no  qual   se   anota minuciosamente   diariamente   suas   boas   e   más   ações.   As   boas   são   representadas   por raras   moedas   que   o   Mestres   acumulam   em   benefício   dos   homens   e   mulheres   que   as executam. Nesse tribunal também se encontram advogados defensores. Porém tudo se paga.   Nada   se   consegue   de   graça.   O   que   tem   boas   obras   paga   e   se   sai   bem   nos negócios. Os créditos solicitados são pagos com trabalhos desinteressados e inspirados no amor para com os que sofrem. 

Os   Mestre   do    Karma   são   Juízes   de   Consciência   que   vivem   em   estado   de       Jinas. Temos que fazer constantemente boas obras pra que tenhamos com que pagar nossas dívidas desta e de vidas passadas. Todos os atos do homem estão regidos por leis, umas superiores,   outras   inferiores.   No   amor   se   resume   todas   as   leis   superiores.   Um   ato   de amor anula atos pretéritos inspirados em leis inferiores. Por isso falando do amor, disse o Mestre Paulo: “O amor é sofrido, bom; não inveja, não injuria, não busca para si, não se irrita, não se compraz com a injustiça, mas se compraz com a verdade; tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. 

Quando oficia como juízes, os Mestres do Karma usam a máscara sagrada em forma de   cabeça   de   chacal   ou   lobo   emplumado,   e   com   ela   se   apresenta   aos   iniciados   nos mundos internos. Essa é a crueldade da Lei do Amor. 

Negociar   com   os   Senhores   da   Lei   é   possível   através   da   meditação:   orai,   meditai   e concentrai em Anúbis, o regente mais exaltado da boa Lei. 

Para o indigno todas as portas estão fechadas, menos uma: a do arrependimento. Pedí, e dar-se-vos-á; batei e abrir-se-vos-á." 



BIBLIOGRAFIA

V.   M.   Samael   Aun Weor:  Tarot   y   Kabala,     “Samael   Aun Weor”, México, D.F., 1979.

V.   M.  Samael   Aun Weor:  Sim   Há   Inferno,   Sim   Há   Diabo,   Sim   Há   Karma,

V. M. Samael Aun Weor:  Logos,   Mantra   e   Teurgia   Tratado   Esotérico   de   Teurgia.



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