terça-feira, 29 de novembro de 2011

Simbolismo do Natal II - O Drama Cósmico

"Vamos refletindo sobre tudo isto, e convém que entendamos o que é o Drama Cósmico. É necessário que também em nós nasça o Cristo-Sol, Ele deve nascer em nós. Nas Sagradas Escrituras, se fala claramente de Belém e de um estábulo onde ele nasce, esse estábulo de Belém está dentro de nós mesmos, aqui e agora. Precisamente nesse estábulo interior moram os animais do desejo, todos esses "eus" passionais que carregamos em nossa psique, isto é óbvio.

"Belém" mesmo é um nome esotérico; nos tempos em que o Grande Kabir veio ao mundo, a aldeia de Belém não existia, de modo que isto é inteiramente simbólico. Bel é uma raiz caldéia que significa Torre do Fogo, de modo que, propriamente dito, Belém é Torre do Fogo. Quem poderia ignorar que Bel é um termo caldeu que corresponde precisamente à Torre de Bel, à Torre do Fogo? Assim, o termo Belém é totalmente simbólico.

Quando o Iniciado trabalha com o Fogo Sagrado, quando elimina completamente de sua natureza íntima os agregados psíquicos, quando de verdade está realizando a Grande Obra, indubitavelmente há de passar pela Iniciação Venusta. A descida do Cristo ao coração do homem é um acontecimento cósmico e humano de grande transcendência, tal evento corresponde na verdade à Iniciação Venusta.

Infelizmente, não se entendeu realmente o que é o Cristo; muitos supõem que o Cristo foi exclusivamente Jesus de Nazaré, e estão equivocados.

Jesus de Nazaré, como homem - ou, melhor dizendo, Jeshuá ben Pandirá - recebeu, como homem, a Iniciação Venusta, encarnou o Cristo, mas ele não é o único a ter recebido tal Iniciação. Hermes Trismegisto, o três vezes grande Deus Íbis de Thot, também O encarnou. João Batista, a quem muitos consideravam como o Christus, o Ungido, inquestionavelmente recebeu a Iniciação Venusta, O encarnou.

Os Gnósticos Batistas asseguravam, na Terra Santa, que o verdadeiro Messias era João, e que Jesus era somente um Iniciado que havia querido seguir João. Naquela época havia disputas entre Batistas, os Gnósticos Essênios e outros.

Devemos entender o Cristo tal e qual é; não como uma pessoa, não como um indivíduo. O Cristo está além da Personalidade, do Eu e da
Individualidade. Cristo, em esoterismo autêntico, é o Logos, o Logos Solar, representado pelo Sol.





Agora compreenderemos porque os Incas adoravam o Sol, os Nahoas o cultuavam, os Maias, os Egípcios, etc. Não se trata da adoração a um Sol físico, mas ao que se oculta por trás deste símbolo físico; obviamente, adorava-se o Logos Solar, o Segundo Logos. Este Logos Solar é Unidade Múltipla Perfeita. A variedade é unidade. No mundo do Cristo Cósmico a individualidade separada não existe, no Senhor somos todos um..."

Continuaremos amanhã...

Mensagem de Natal deixada pelo V. Mestre Samael Aun Weor em 1975.

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