sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Despertar da Consciência

Continuando a postagem de ontem...


"A consciência é a luz que o inconsciente não percebe.

O cego não percebe a luz física solar, mas ela existe por si mesma.

Necessitamos nos abrir para que a luz da consciência penetre nas trevas espantosas do “mim mesmo”.

Agora compreenderemos melhor o significado das palavras de João, quando no Evangelho diz: "A luz veio às trevas, porém as trevas não a compreenderam".

Mas seria impossível que a luz da consciência pudesse penetrar dentro das trevas do “eu mesmo”, se previamente não usássemos o sentido maravilhoso da auto-observação psicológica.

Necessitamos franquear a passagem à luz para iluminar as profundidades tenebrosas do “eu” da Psicologia.

Alguém jamais se auto-observaria se não tivesse interesse em mudar, tal interesse só é possível quando se ama de verdade os ensinamentos esotéricos.

Agora compreenderão nossos leitores, o motivo pelo qual aconselhamos revalorizar, uma e outra vez, as instruções concernentes ao trabalho sobre si mesmo.

A consciência desperta nos permite experimentar em forma direta a realidade.

Desafortunadamente o "animal intelectual" equivocadamente chamado homem, fascinado pelo poder formulador da lógica dialética, esqueceu a dialética da consciência.

Inquestionavelmente o poder para formular conceitos lógicos resulta no fundo terrivelmente pobre.

Da tese podemos passar para a antítese e mediante a discussão chegar a síntese, mas essa última, em si mesma, continua sendo um conceito intelectual que de modo algum pode coincidir com a realidade.

A dialética da consciência é mais direta, nos permite experimentar a realidade de qualquer fenômeno em si mesmo e por si mesmo.

Os fenômenos naturais de modo algum coincidem com os conceitos formulados pela mente.

A vida se desenvolve de instante em instante e quando a capturamos para analisá-la, a matamos.

Quando intentamos inferir conceitos ao observar tal ou qual fenômeno natural, de fato deixamos de perceber a realidade do fenômeno e só vemos no mesmo o reflexo das teorias e conceitos rançosos que em modo algum tem a ver com o fato observado.

A alucinação intelectual é fascinante e queremos a força que todos os fenômenos da natureza coincidam com nossa lógica dialética.

A dialética da consciência se fundamenta nas experiências vividas e não no mero racionalismo subjetivo.

Todas as leis da natureza existem dentro de nós mesmos e se em nosso interior não as descobrimos, jamais a descobriremos fora de si mesmos.

O homem está contido no Universo e o Universo está contido no homem.

Real é aquilo que alguém experimenta em seu interior; só a consciência pode experimentar a realidade.

A linguagem da consciência é simbólica, íntima, profundamente significativa e só os despertos podem compreender.

Quem quer despertar a consciência deve eliminar de seu interior todos os elementos indesejáveis que constituem o ego, o “eu”, o “mim mesmo”, dentro dos quais se acha engarrafada a essência."


Para saber mais: V. M. Samael Aun Weor: A Grande Rebelião; A Revolução da Dialéctica.

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