"A consciência é a luz que o inconsciente não percebe.
O cego não percebe a luz física solar, mas ela existe por si mesma.
Necessitamos nos abrir para que a luz da consciência penetre nas trevas espantosas do “mim mesmo”.
Agora compreenderemos melhor o significado das palavras de João, quando no Evangelho diz: "A luz veio às trevas, porém as trevas não a compreenderam".
Mas seria impossível que a luz da consciência pudesse penetrar dentro das trevas do “eu mesmo”, se previamente não usássemos o sentido maravilhoso da auto-observação psicológica.
Necessitamos franquear a passagem à luz para iluminar as profundidades tenebrosas do “eu” da Psicologia.
Alguém jamais se auto-observaria se não tivesse interesse em mudar, tal interesse só é possível quando se ama de verdade os ensinamentos esotéricos.
Agora compreenderão nossos leitores, o motivo pelo qual aconselhamos revalorizar, uma e outra vez, as instruções concernentes ao trabalho sobre si mesmo.
A consciência desperta nos permite experimentar em forma direta a realidade.
Desafortunadamente o "animal intelectual" equivocadamente chamado homem, fascinado pelo poder formulador da lógica dialética, esqueceu a dialética da consciência.
Inquestionavelmente o poder para formular conceitos lógicos resulta no fundo terrivelmente pobre.
Da tese podemos passar para a antítese e mediante a discussão chegar a síntese, mas essa última, em si mesma, continua sendo um conceito intelectual que de modo algum pode coincidir com a realidade.
A dialética da consciência é mais direta, nos permite experimentar a realidade de qualquer fenômeno em si mesmo e por si mesmo.
Os fenômenos naturais de modo algum coincidem com os conceitos formulados pela mente.
A vida se desenvolve de instante em instante e quando a capturamos para analisá-la, a matamos.
Quando intentamos inferir conceitos ao observar tal ou qual fenômeno natural, de fato deixamos de perceber a realidade do fenômeno e só vemos no mesmo o reflexo das teorias e conceitos rançosos que em modo algum tem a ver com o fato observado.
A alucinação intelectual é fascinante e queremos a força que todos os fenômenos da natureza coincidam com nossa lógica dialética.
A dialética da consciência se fundamenta nas experiências vividas e não no mero racionalismo subjetivo.
Todas as leis da natureza existem dentro de nós mesmos e se em nosso interior não as descobrimos, jamais a descobriremos fora de si mesmos.
O homem está contido no Universo e o Universo está contido no homem.
Real é aquilo que alguém experimenta em seu interior; só a consciência pode experimentar a realidade.
A linguagem da consciência é simbólica, íntima, profundamente significativa e só os despertos podem compreender.
Quem quer despertar a consciência deve eliminar de seu interior todos os elementos indesejáveis que constituem o ego, o “eu”, o “mim mesmo”, dentro dos quais se acha engarrafada a essência."
Para saber mais: V. M. Samael Aun Weor: A Grande Rebelião; A Revolução da Dialéctica.
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